Fracasso na licitação: Museu da Imagem e do Som em Copacabana sofre com falta de interessados para conclusão da fachada
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A licitação para a finalização da fachada do Museu da Imagem e do Som (MIS), marcada para a última quarta-feira (14/08), terminou sem qualquer interessado. Este novo episódio é mais um capítulo na saga das obras inacabadas do museu, que há quase 15 anos enfrenta atrasos e desafios em um dos endereços mais nobres e emblemáticos do Rio.
Estimado em quase R$ 12 milhões, o certame visava concluir a fachada do prédio localizado na Orla da Praia de Copacabana, uma tarefa que continua pendente desde o início das obras em 2010. Originalmente, a reforma tinha previsão de conclusão em dois anos, mas, devido a uma série de contratempos e má conservação, a nova sede do MIS ainda aguarda finalização.
A situação do MIS é complexa e se deteriora a cada ano. Apesar de cerca de 75% da obra já ter sido completada, o prédio ainda carece de diversas instalações essenciais, como elétricas, sanitárias e hidráulicas. Além desses desafios, o edifício enfrenta problemas adicionais, incluindo ferrugem e infiltrações, que são consequência da falta de manutenção adequada e da exposição às condições climáticas adversas.
Em junho deste ano, o Ministério da Cultura havia lançado outro certame para concluir a reforma do museu por inteiro, com um valor estimado de R$ 71,4 milhões. No entanto, esse processo também enfrentou dificuldades, refletindo a complexidade e os obstáculos que têm marcado a execução da obra.
O projeto inicial do MIS é ambicioso e inclui a construção de oito andares, sendo dois subterrâneos. Entre as atrações planejadas estão uma livraria, uma cafeteria com vista para o mar, um mezanino, um restaurante panorâmico e um cinema a céu aberto na cobertura. A fachada do museu, que é uma das características mais marcantes do projeto, foi inspirada nas ondas do famoso calçadão de Copacabana, prometendo ser um ícone arquitetônico na orla carioca.
De acordo com a Folha de São Paulo, o custo total da obra permanece incerto devido aos inúmeros atrasos e ajustes nos contratos. Estimado em R$ 70 milhões em 2009 (equivalente a R$ 124 milhões em valores atualizados), o projeto já ultrapassou a marca de R$ 190 milhões em compromissos firmados, sem contar os serviços ainda não contratados.
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