
Ameaça de inelegibilidade paira sobre candidatura de Marçal
A lei eleitoral brasileira é conhecida por manter candidaturas sub judice visando evitar que os candidatos fiquem de fora do pleito e posteriormente sejam inocentados nos processos. Nesse contexto, a suspensão da candidatura de Marçal parece pouco provável de acordo com especialistas jurídicos consultados.
Advogados que acompanham o caso acreditam que a situação envolvendo Marçal não será julgada antes das eleições que estão marcadas para outubro deste ano, o que mantém uma incógnita sobre o desfecho do processo eleitoral.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) pode analisar o caso com mais celeridade, porém é provável que o candidato recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderia adiar uma decisão final.
Informações obtidas pela presente coluna indicam que o PSB pretende ingressar com uma nova ação contra Marçal, solicitando que a Justiça impeça o candidato de continuar pagando seguidores para impulsionar sua campanha eleitoral. O Ministério Público, entretanto, não fez tal pedido ao juiz responsável pelo caso.
Os especialistas consultados pela reportagem consideram que as evidências contra Marçal são robustas, apontando que o candidato teria seguido uma prática comum de influenciadores digitais ao remunerar pessoas para impulsionar suas mensagens, o que configuraria abuso de poder econômico se comprovado.
Nesse cenário, o maior receio de Marçal no momento é o de se tornar inelegível por até oito anos após as eleições de outubro, caso as acusações contra ele sejam confirmadas pelas instâncias judiciais competentes.