
Análise da atuação do Ministro Luis Felipe Salomão como Corregedor Nacional
Recentemente, o Ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional, tem sido alvo de críticas por sua atuação na esfera disciplinar. Uma consulta realizada pelo blog ouviu 30 operadores do direito, revelando que as críticas superam os elogios.
Dentre os entrevistados, magistrados federais e estaduais de diferentes tribunais e instâncias manifestaram suas opiniões. Alguns preservaram seus nomes, mas expressaram preocupações e avaliações contundentes em relação ao trabalho do corregedor.
Um juiz federal destacou que a Corregedoria deve ser um órgão de orientação e ajustes na atuação profissional, porém, viu-se decisões de intimidação e hostilidade, abuso de autoridade e desrespeito à autonomia jurisdicional. Para ele, o afastamento de magistrados deveria ser algo excepcional, e não banalizado como tem sido feito.
Já o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, elogiou a postura republicana do ministro em relação ao Ministério Público, ressaltando a importância do poder normativo do CNJ na busca por uma Justiça mais eficaz.
Por outro lado, críticas foram feitas em relação à atuação de Salomão, como a falta de medidas eficazes contra juízes envolvidos em práticas questionáveis, o excesso de decisões monocráticas e a suposta busca por uma nomeação para o STF.
Apesar das divergências, há quem defenda o trabalho do corregedor, como a Desembargadora Maria Berenice Dias, que destacou a punição de magistrados por condutas desabonadoras e o apoio à reforma do Código Civil como marcos importantes da gestão.
Em meio a tantas opiniões divergentes, a atuação de Luis Felipe Salomão divide opiniões e coloca em evidência a importância do papel do corregedor nacional no sistema judiciário brasileiro.