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Marçal se destaca nos debates, mas não desperta tanto interesse quanto seus adversários nas buscas do Google




Uma análise das buscas pelos nomes dos candidatos a prefeito de São Paulo no Google revela que Marçal, apesar de possuir uma grande vantagem em seguidores e engajamento nas redes sociais em relação aos seus rivais, não desperta significativamente mais interesse do que eles – com exceção do período durante e após os debates.

Durante essas ocasiões, o interesse por Marçal aumenta até 100 vezes. Embora as buscas pelos adversários também cresçam, as pesquisas por Marçal crescem de três a cinco vezes mais. Isso se deve às suas ações provocativas contra os concorrentes durante os debates.

No debate realizado na quarta-feira (14) pelo jornal Estado de S.Paulo e pelo portal Terra na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Marçal provocou Guilherme Boulos (PSOL), afirmando que iria “exorcizá-lo” com uma carteira de trabalho. Boulos tentou bater no documento, a equipe de Marçal registrou a reação do adversário, compartilhou nas redes sociais e imediatamente viralizou.

Essa foi a cena mais marcante do debate, porém, mesmo quando não estava no centro das atenções, Marçal encontrava maneiras de chamar a atenção para si. Por exemplo, virou sua cadeira de costas para o púlpito enquanto Boulos e Tabata Amaral (PSB) discutiam propostas.

Uma consequência inesperada dessa estratégia de Marçal é o aumento do interesse também pelo concorrente com quem ele mais confrontou durante o debate. Isso ocorreu primeiramente com Tabata, mas de forma mais intensa com Boulos. Mesmo que de forma negativa, Marçal acaba tornando seus adversários mais conhecidos e despertando a curiosidade dos eleitores sobre eles, o que pode inadvertidamente beneficiá-los.

Além disso, pesquisas qualitativas realizadas durante os dois debates apontaram uma forte rejeição às atitudes de Marçal, especialmente por parte de eleitores do sexo feminino e de eleitores com menor poder aquisitivo.


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