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Regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo só deve ser votada na Câmara após eleições, diz relator




Projeto de regulamentação dos motoristas de aplicativo deve ser votado após as eleições, diz relator

Projeto de regulamentação dos motoristas de aplicativo deve ser votado após as eleições, diz relator

O projeto enviado pelo governo em março com urgência constitucional, que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativo, só deverá ser votado na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados após as eleições, de acordo com o relator, deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

Após a resistência de parlamentares e parte dos trabalhadores, o governo retirou a urgência constitucional em abril. Mesmo sem a pressão para despachar o texto para o Senado em 45 dias, os deputados não conseguiram chegar a um acordo com o Ministério do Trabalho.

Nesta quinta-feira (15), Coutinho dialogou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e representantes do governo. Segundo o relator, o sentimento na Casa é de adiar a votação do projeto para depois das eleições.

Coutinho destaca que dois pontos ainda requerem negociação. O primeiro é a demanda de algumas associações que representam os motoristas para que sejam transformados em MEI (Microempreendedor Individual), o que ele considera uma solução ruim devido às implicações judiciais e previdenciárias.

Outro ponto controverso é a tarifa mínima de R$ 10, que, segundo Coutinho, poderia inviabilizar o serviço de aplicativos em cidades pequenas do Brasil.

O relator também critica a politização do tema, destacando a oposição de alguns parlamentares por ser uma proposta do governo. “Tem muita gente contra porque é contra o governo. Foi apresentado pelo governo. Então você chega para discussão e o parlamentar diz que não precisa regulamentar porque o governo está querendo pegar dinheiro do trabalhador. É mentira,” ressaltou.


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