
Segundo informações fornecidas pelo UOL, a empresa vencedora do contrato em questão, a Prime, pertence aos irmãos Fabiano e Giuliano Ribeiro da Silva. Ambos são apoiadores do vereador Rodrigo Goulart (PSD), que faz parte da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) não comentou especificamente sobre essa relação, limitando-se a destacar que a empresa possui contratos com a Prefeitura de São Paulo desde 2011, abrangendo diversas secretarias e órgãos do Governo do Estado.
Em relação ao valor do contrato, a SMDHC esclarece que a informação de que a Prefeitura previa assinar um contrato no valor de R$ 66 milhões é imprecisa. O valor mencionado refere-se ao montante global da Ata de Registro de Preços, sendo que o valor efetivamente pago para a realização da operação em 2023 foi de R$ 12.127.924,00.
No entanto, a reportagem teve acesso a documentos públicos da própria prefeitura, como notas fiscais, que apontam que o valor gasto ultrapassou R$ 20 milhões desde maio de 2023, incluindo não apenas despesas do ano passado, mas também deste ano.
Em resposta às informações divulgadas, a SMDHC emitiu uma nota destacando que os valores referentes à oferta de alimentação nos pontos da Operação Baixas Temperaturas incluem não apenas o custo dos alimentos, mas também despesas logísticas, infraestrutura, e a contratação de profissionais para prestação de serviços como nutricionistas, cozinheiros, e copeiros, entre outros. A contratação engloba ainda a disponibilização de recipientes e talheres, além de outros itens necessários para a execução do serviço em condições especiais, como as noites de frio extremo.