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Maduro responde à pressão internacional sobre eleição na Venezuela: “Questões eleitorais serão resolvidas internamente, diz presidente”

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se pronunciou diante da pressão internacional dos líderes globais em relação à eleição presidencial do país no último dia 28 de julho. Maduro enfatizou que as questões eleitorais internas da Venezuela serão resolvidas pelas instituições do próprio país, destacando a soberania e independência da nação venezuelana.

Durante uma entrevista à emissora estatal VTV, Maduro respondeu sobre a posição de líderes como os presidentes do Brasil, Colômbia, México e Estados Unidos, afirmando que não realiza diplomacia através de microfone e que cada presidente e país deve lidar com seus assuntos internos de acordo com suas instituições.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente colombiano, Gustavo Petro, ainda não reconheceram a vitória de Maduro, argumentando que é necessário divulgar dados detalhados por mesa de votação. Enquanto isso, o presidente mexicano López Obrador informou que aguardará a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, que está conduzindo uma perícia do material eleitoral disponibilizado.

Por outro lado, o governo dos Estados Unidos reconheceu a vitória do opositor Edmundo González e pediu uma transição pacífica, enquanto Maduro relembrou as acusações de fraude nas eleições dos EUA em 2020 e do Brasil em 2022, feitas por Donald Trump e Jair Bolsonaro, respectivamente.

A reeleição de Maduro tem sido questionada pela oposição e por alguns países devido à falta de transparência na divulgação dos dados eleitorais por mesa de votação e à suspensão de auditorias pós-eleitorais. Um recurso apresentado levou o caso para a Suprema Corte venezuelana, e a decisão final sobre o impasse será divulgada nos próximos dias. A legislação eleitoral do país estabelece um prazo de 30 dias para a publicação dos dados oficiais no Diário Oficial.

Maduro destacou a importância das instituições venezuelanas na resolução dessas questões e rejeitou a tentativa dos Estados Unidos de se tornar a autoridade eleitoral do país, afirmando que os norte-americanos possuem uma diplomacia imperial. A situação política na Venezuela continua a ser acompanhada de perto pela comunidade internacional, que aguarda os desdobramentos dessas questões eleitorais.

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