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Dólar abre em leve queda após divulgação de dados econômicos fortes nos Estados Unidos, afastando temores de recessão






Notícia do Mercado Financeiro

Otimismo global impulsiona queda do dólar

No início da sessão desta sexta-feira (16), o dólar abriu em leve queda, refletindo o otimismo nos mercados globais após uma série de dados econômicos positivos dos Estados Unidos que dissiparam os temores de recessão. Por volta das 9h06, a moeda americana estava sendo cotada a R$ 5,4775, registrando uma queda de 0,12% em relação ao dia anterior.

Na quinta-feira (15), o dólar teve um leve aumento de 0,25%, fechando em R$ 5,483. Ao mesmo tempo, o índice Bovespa avançou 0,63%, chegando perto de sua máxima histórica de 134.153 pontos, registrada em dezembro do ano passado.

A sessão de negociações foi marcada por alguma volatilidade, com a moeda americana atingindo uma mínima de R$ 5,450 durante a tarde e o índice Bovespa alcançando os 134.574 pontos como ponto mais alto do pregão.

Dados econômicos fortalecem mercados

O otimismo nos mercados foi impulsionado por números positivos vindos dos Estados Unidos, que continuam a elucidar o cenário da maior economia do mundo para os investidores. Os pedidos de auxílio-desemprego mostraram uma redução mais significativa do que o esperado, e as vendas no varejo aumentaram em julho, superando as projeções dos economistas.

Fed projeta cortes moderados nos juros

A expectativa de uma economia mais forte dos EUA também tem influenciado as apostas sobre a política monetária norte-americana. A previsão dos agentes financeiros é que o Fed começará o ciclo de cortes de juros na próxima reunião em setembro, porém, com uma redução menos acentuada do que era esperado devido à resiliência econômica apresentada nos dados recentes.

No cenário anterior, um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros era visto como mais provável, com especulações até sobre uma reunião extraordinária do Fed. No entanto, agora, uma redução de 0,25 ponto tornou-se a aposta mais sólida, contando com o apoio de 76,5% dos investidores, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

Operações com ativos de risco

A iminência dos cortes nos EUA tem levado os investidores a migrar para ativos de risco, como o mercado acionário brasileiro. Além disso, a temporada de balanços corporativos tem contribuído para o bom desempenho do Ibovespa, que acumula oito dias consecutivos em alta.

Por outro lado, o dólar tende a se desvalorizar à medida que o Fed reduz os juros, o que foi observado ao final do pregão de quinta-feira. A leitura de que o diferencial de juros entre Brasil e EUA se manterá estável tem influenciado essa dinâmica.

Focus no Banco Central

No cenário doméstico, a ênfase tem sido no Banco Central e na possível elevação da taxa Selic. A fala do diretor de política monetária do BC, Gabriel Galípolo, sobre a possibilidade de aumento da Selic reforçou a expectativa de estabilidade ou potencial elevação da taxa de juros no Brasil.

Galípolo destacou que a alta da Selic está em discussão no Copom, contradizendo interpretações anteriores que sugeriram o contrário. Essas movimentações têm guiado as perspectivas dos investidores no mercado interno.

Em resumo, os mercados globais mantêm um panorama otimista, impulsionado pelos dados econômicos favoráveis dos EUA. A expectativa de cortes moderados nos juros americanos tem impactado os mercados financeiros e as operações com ativos de risco. No cenário nacional, o Banco Central e as especulações sobre a Selic estão no centro das atenções dos investidores.

Com informações da Reuters


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