
Na semana passada, a Convenção Democrata trouxe grandes reviravoltas e mudanças significativas para o cenário político dos Estados Unidos. Além do espetáculo competente apresentado, houve a renovação do otimismo entre os democratas e um claro alívio com a rejeição de uma gerontocracia representada pelo presidente Joe Biden.
O que se destacou nesse evento foi a visão de um país que não se curva diante do fascismo niilista encarnado por Donald Trump e sua equipe. Kamala Harris e Tim Walz assumiram novos discursos e posturas, indicando um novo rumo para o partido.
Kamala Harris, em seus discursos, abordou não apenas os eleitores democratas, mas também os mais de 74 milhões de americanos que votaram em Trump em 2020. No entanto, deixou claro que não compactuaria com agendas extremistas e desumanas, como a perseguição e prisão de menores grávidas vítimas de estupro.
A mudança de postura dos democratas, conforme refletida na Convenção, foi destacada pelo cronista Rick Perlstein, que ressaltou a saída do partido da defensiva adotada nas últimas décadas. A política de confrontar o extremismo de Trump e sua base foi evidente nos novos anúncios de campanha e discursos apresentados por Harris e Walz.
Um dos legados negativos da era Reagan foi a desconfiança generalizada em relação à infraestrutura governamental, o que contribuiu para episódios de corrupção na máquina administrativa. Esse cenário é algo que os democratas agora buscam reverter, rompendo com acomodações do passado que levaram a derrotas eleitorais.
A chapa Harris-Walz simboliza uma nova abordagem política para os democratas, afastando-se do padrão de candidatos que evitavam temas sensíveis e agiam com extrema cautela. Ao confrontar as mentiras propagadas pelos republicanos e adotar uma postura mais firme, os democratas buscam se posicionar de forma mais autêntica e relevante para os eleitores.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.