Nomeação de Regina Celia Santana para Secretaria Municipal de Cultura gera polêmica em São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) surpreendeu a todos ao nomear a presidente estadual do MDB Afro de São Paulo, Regina Celia Santana, para assumir a Secretaria Municipal de Cultura. Essa decisão marca a segunda troca no comando da pasta em menos de 15 dias, gerando controvérsias e debates na política local.

No início deste mês, Lígia Jalantonio foi exonerada da secretaria após pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), levando à sua saída do cargo. Sua nomeação ocorreu logo após Aline Torres deixar o cargo, visto que a mesma é pré-candidata a vereadora da capital paulista pelo MDB e era considerada “de esquerda” pelos bolsonaristas.

Nunes, então, optou por nomear Ana Soares, gestora do Centro de Culturas Negras, para assumir o posto. No entanto, a mudança foi suspensa pela gestão municipal antes mesmo de Soares tomar posse, após denúncias nas redes sociais apontarem irregularidades em sua gestão.

Segundo denúncias, Ana Soares era presidente de uma entidade declarada inidônea pela própria gestão Nunes por não prestar contas de recursos repassados pela Secretaria de Cultura em 2018. A questão foi levantada pelo ex-vereador Nabil Bonduki, pré-candidato a vereador pelo PT.

A polêmica envolvendo a nomeação de Regina Celia Santana continua, com a nova secretária demonstrando apoio à reeleição de Nunes e tendo fotos ao lado do ex-presidente Michel Temer, a quem ela descreve como “nosso maior mestre”. O nome de Santana foi indicado pela ex-secretária Aline Torres, que é também a presidente nacional do MDB Afro, segundo fontes envolvidas nas tratativas.

_{com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH}

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