Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela repudia informe da ONU sobre eleição presidencial como “ilegal” e “mentiroso”
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No informe publicado pelos especialistas da ONU, foi apontado que a eleição presidencial na Venezuela não atendeu aos critérios básicos de transparência. No entanto, o CNE rebateu essas alegações, afirmando que o informe é ilegal por violar o acordo firmado entre a organização e o Poder Eleitoral venezuelano.
Em uma rede social, o CNE publicou e posteriormente deletou um texto em que criticava duramente o relatório da ONU, destacando que o Painel de Especialistas Eleitorais se comprometeu a não fazer declarações públicas, conforme previsto no acordo com o órgão eleitoral venezuelano.
O Conselho ressaltou que cerca de mil observadores de diversas partes do mundo acompanharam o processo eleitoral no país e refutou as supostas “mentiras” indicadas no informe da ONU. Entre os pontos contestados está a alegação de mudanças de última hora nas mesas de votação, negadas pelo CNE.
Além disso, o órgão eleitoral venezuelano criticou o informe da ONU por colocar em dúvida os ataques cibernéticos sofridos pelos sistemas do país durante o processo eleitoral. O CNE afirmou que empresas e especialistas nacionais e internacionais confirmaram os ataques, que prejudicaram a divulgação dos resultados após a vitória de Nicolás Maduro.
Diante das divergências entre o CNE e a ONU, a questão da legitimidade das eleições na Venezuela permanece em destaque, com ambas as partes defendendo suas posições e acusações. A polêmica em torno do processo eleitoral no país sul-americano segue gerando controvérsias e incertezas sobre a transparência e credibilidade das instituições eleitorais venezuelanas.