OMS avalia como baixo risco da gripe aviária à saúde humana, pede vigilância e cooperação entre setores de saúde.

A transmissão do vírus entre animais ainda está ocorrendo, com um número limitado de infecções em humanos reportadas até o momento. A OMS ressalta que, embora novas infecções em humanos associadas à exposição a animais infectados ou ambientes contaminados possam continuar a acontecer, o impacto dessas infecções na saúde pública global é menor.
Em junho, a OMS confirmou o primeiro caso de morte pela variante H5N2 da gripe aviária, ocorrido no México, onde um paciente de 59 anos faleceu. Este foi o primeiro caso de infecção em humano confirmado em laboratório em todo o mundo. O paciente não tinha histórico de exposição a aves ou outros animais, mas já possuía diversas condições médicas subjacentes.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou em julho sobre falhas na vigilância de casos de gripe aviária em animais em todo o mundo, comprometendo a capacidade de avaliação e gerenciamento do risco. Ele mencionou casos recentes de infecção pelo vírus H5N1 em humanos nos Estados Unidos e no Camboja, após exposição a animais infectados. A OMS continua a avaliar o risco para o público em geral como baixo, mas ressalta a importância de fortalecer os sistemas de vigilância e notificação de casos.
Além disso, a OMS cobra dos países medidas como proteção para os trabalhadores expostos ao vírus, ampliação da pesquisa sobre a gripe aviária e cooperação entre os setores de saúde humana e animal. O apelo é para que haja uma maior colaboração e compartilhamento de dados e amostras do vírus para auxiliar na prevenção de surtos em humanos e potenciais pandemias.