Ataque cibernético prejudica trabalhos do Conselho Nacional Eleitoral na Venezuela e página oficial continua fora do ar
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De acordo com autoridades do país, os ataques foram originados principalmente da Macedônia do Norte, um país localizado no leste europeu, e alcançaram a impressionante marca de 30 milhões por minuto. A ministra da Ciência e Tecnologia da Venezuela, Gabriela Jiménez, afirmou que 25 instituições do país foram afetadas, incluindo a estatal petrolífera PDVSA, empresas de comunicação, de telecomunicações e o sistema eleitoral.
A presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Caryslia Rodríguez, anunciou que o TSJ iniciou uma investigação sobre o suposto ataque cibernético, solicitado pelo governo Maduro. A análise dos dados está em andamento para avaliar a extensão do incidente.
O CNE entregou as informações sobre o ataque cibernético ao STJ, afirmando que os votos não foram comprometidos, pois são protegidos por um sistema próprio, sem conexão com a internet. O presidente Maduro chegou a acusar Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, de estar envolvido no caso.
A empresa de segurança da informação Netscout Systems dos Estados Unidos corroborou parcialmente a versão do governo venezuelano, afirmando que os ataques DDoS aumentaram consideravelmente um dia após a eleição. No entanto, a chefe da missão de observação do Centro Carter, Jennie Lincoln, questionou a existência desses ataques cibernéticos.
Especialistas em tecnologia da informação ressaltam a importância de uma análise detalhada dos dados para confirmar a veracidade e a dimensão do ataque. A transparência no processo de investigação se torna essencial para esclarecer as dúvidas e provar as alegações feitas pelo governo venezuelano.