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Tensão entre Irã e Israel aumenta com planos de retaliação: histórico de conflitos e apelos do Ocidente para evitar escalada.

Irã planeja retaliação contra Israel

Não é a primeira vez que o país planeja uma retaliação contra Israel. Em abril, o Irã lançou drones e mísseis contra Israel, em resposta a um ataque contra o prédio da embaixada iraniana na Síria em que vários membros do alto escalão da Guarda Revolucionária foram mortos. Na ocasião, o governo israelense estimou que mais de cem drones foram lançados pelo Irã.

Hoje inimigos jurados, Irã e Israel já foram aliados no passado. O Irã, que à época abrigava a maior comunidade judaica do Oriente Médio, foi o segundo país muçulmano a reconhecer o Estado de Israel, criado em 1948. Tudo mudou em 1979, com a República Islâmica, quando o Irã cortou todas as suas relações oficiais com Israel, ainda que alguns laços comerciais informais tenham sido mantidos.

Apelos do Ocidente

Países haviam pedido ao Irã que abandonasse a ideia de retaliação. Os governos dos EUA, França, Reino Unido, Itália e Alemanha fizeram um apelo para que o Irã renunciasse às “ameaças contínuas” contra Israel. A Casa Branca alertou que um ataque “poderia ter um impacto” nas negociações previstas para quinta (15) sobre um cessar-fogo em Gaza. Rússia e China também buscam evitar uma escalada.

Apelo não tem lógica política e constitui ‘apoio a Israel’, alega o Irã. O chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer chegaram a conversar por telefone com o presidente iraniano Masud Pezeshkian, que reforçou: “O Irã nunca se submeterá à pressão”.

Irã poderia desistir da vingança em caso de trégua em Gaza, diz agência. Uma autoridade militar disse à Reuters que o Irã lançaria um ataque direto se as negociações em Gaza fracassassem ou se percebesse que Israel está arrastando as tratativas. Mais cedo, um bombardeio israelense matou dez membros de uma família em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. Apenas um bebê de 3 meses sobreviveu.

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