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Proposta de diplomata brasileiro tem recepção cautelosa
De acordo com fontes em Brasília, o diplomata brasileiro teria apresentado uma proposta ao presidente após consultas com interlocutores estrangeiros. Segundo o jornal Valor Econômico, o embaixador Amorim afirmou que a proposta ainda estava em estágio inicial e que ainda não havia discutido com os parceiros latino-americanos, mas admitiu que esse caminho envolveria uma contrapartida, com a retirada de sanções estrangeiras.
Segundo fontes em Brasília entrevistadas pelo UOL, uma das preocupações do governo é a validade das atas como instrumento de negociação. Há o temor de que, com o passar do tempo, a oposição e governos estrangeiros possam questionar a veracidade das atas, o que poderia dificultar o processo.
A transparência exigida pode não ser suficiente para destravar o processo, e a convocação de uma nova eleição exigiria esforços para garantir a sua justiça. Nesse sentido, Maduro teria que reconvocar os venezuelanos às urnas e modificar a forma de controle da eleição.
A possibilidade de retirada de sanções poderia servir como incentivo para Maduro, mas diplomatas europeus afirmaram ao UOL que não há garantias de que esse caminho teria um resultado diferente.
Enquanto isso, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, continua trabalhando na construção de um diálogo entre a oposição e o governo de Maduro. O Brasil exige transparência por parte do governo venezuelano na apresentação dos resultados.