Relatório da ONU denuncia rápida deterioração dos direitos humanos na Cisjordânia ocupada por Israel

A publicação, feita pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh), destaca que pelo menos 105 das mortes estão relacionadas a operações israelenses, incluindo ataques aéreos em áreas densamente povoadas. Além disso, o relatório afirma que oito pessoas foram mortas por colonos judeus.
O alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, pediu que Israel tome medidas imediatas para pôr fim à violência contra os palestinos. Ele ressaltou a preocupação com o uso de força desnecessária ou desproporcional e a aplicação de restrições de movimento arbitrárias e discriminatórias.
O documento também denuncia detenções arbitrárias em massa, detenções ilegais e casos de tortura e outros maus-tratos relatados contra detidos palestinos na região. Segundo o Acnudh, cerca de 4.785 palestinos foram detidos na Cisjordânia desde 7 de outubro, e alguns deles teriam sido vítimas de violência sexual e de gênero.
O relatório não teve uma resposta imediata por parte das autoridades israelenses. Entretanto, Israel alega que suas operações na Cisjordânia visam conter ameaças à segurança e são preventivas.
A Cisjordânia já vinha enfrentando níveis intensos de agitação nos 18 meses que antecederam o ataque do Hamas em outubro, mas os confrontos se agravaram depois que Israel lançou uma invasão terrestre em Gaza.
Diante desse cenário, a ONU pede que Israel tome medidas eficazes para proteger a população palestina, investigar todos os incidentes de violência e garantir a efetiva proteção das comunidades palestinas na região. Este é um cenário preocupante e que merece a atenção da comunidade internacional.