
Nas ilhas do Havaí, há uma polêmica em relação ao acionamento das sirenes de alerta de tsunami durante o recente desastre. Os moradores reclamam que as sirenes não foram acionadas e que eles não receberam alertas em seus celulares, como é comum nos Estados Unidos. Muitos tiveram que agir por instinto e fugir, enquanto outros não tiveram essa oportunidade. Diante disso, uma investigação será realizada para apurar o motivo pelo qual as sirenes não foram acionadas e as medidas de evacuação não foram efetivas.
Além disso, os bombeiros relataram problemas com os hidrantes, que estavam secos e sem água no momento em que tentaram apagar o fogo. Essa situação gerou críticas nas redes sociais, com as pessoas se sentindo desamparadas diante da falta de serviços de atendimento oficial e de autoridades para responder às suas perguntas e fornecer ajuda. Diferente de outras partes dos Estados Unidos, onde a guarda nacional é enviada em casos de emergência, o Havaí não recebeu a mesma quantidade de efetivo para lidar com a situação.
Turistas x moradores
A atuação dos turistas nesse momento de luto e devastação também tem gerado controvérsias. Enquanto algumas autoridades e moradores defendem que ninguém deveria visitar Maui nesse momento para que todos os recursos e esforços estejam voltados para apoiar a comunidade afetada, outros alegam que o turismo é fundamental para manter empregos e trazer recursos para a ilha. A situação gera uma divisão entre aqueles que se divertem ao pôr do sol e aqueles que procuram por seus entes queridos em meio a um cenário de guerra. Encontrar um equilíbrio tem sido um desafio.
Especulação imobiliária
Uma denúncia grave envolve agentes imobiliários que estariam tentando comprar propriedades destruídas por um preço baixo para revendê-las a grandes corporações. O governador está estudando a possibilidade de uma moratória nas vendas dessas terras, pois levará muito tempo até que qualquer imóvel possa ser reconstruído na região. Famílias que perderam tudo estão sendo contatadas por investidores e corretores de imóveis, mas as autoridades alertaram para não aceitarem essas propostas, pois se trata de uma operação ilegal. O governo busca impedir que pessoas de fora do estado comprem terras até que a crise seja superada e uma decisão de como a região de Lahaina deve ser no futuro seja tomada.
O FBI também emitiu um alerta para que os proprietários de imóveis sejam cautelosos com ofertas de dinheiro fácil, pois criminosos costumam se aproveitar de momentos de distração e vulnerabilidade. Enquanto isso, o governo providenciou 500 quartos de hotel e 1.000 unidades extras do Airbnb para abrigar aqueles que perderam suas casas na tragédia.