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Ministro do Desenvolvimento Agrário defende ministro do STF em polêmica
Nesta terça-feira (13), o ministro Paulo Teixeira, responsável pelo Desenvolvimento Agrário, saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a uma polêmica revelada pela imprensa. Segundo informações da Folha de S.Paulo, o gabinete de Moraes teria ordenado a produção de relatórios da Justiça Eleitoral para embasar decisões contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na corte.
Teixeira, que foi o primeiro ministro do governo Lula a se manifestar sobre o caso, chamou a matéria de “sensacionalista” e afirmou que não corresponde à verdade. Em suas redes sociais, ele criticou a tentativa de desacreditar o STF e interferir nas decisões do tribunal.
Diálogos obtidos pela imprensa mostram a utilização do setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes na época, como um instrumento investigativo do gabinete do ministro no Supremo. Essa prática gerou debate sobre a independência e imparcialidade dos órgãos do judiciário.
A Folha de S.Paulo teve acesso a mensagens trocadas via WhatsApp por auxiliares de Moraes, incluindo seu principal assessor no STF, que atua como juiz instrutor, e membros de sua equipe no TSE e no Supremo. As comunicações revelam um fluxo fora do rito normal entre os tribunais e questionam os procedimentos adotados pelo ministro.
Em meio à controvérsia, o ex-secretário nacional de Justiça de Lula, Augusto Botelho, também defendeu Moraes, ressaltando a diferença entre a troca de informações entre tribunais e entre partes em um processo.
Em nota oficial, o ministro do STF afirmou que todos os procedimentos realizados foram oficiais e estão devidamente documentados nos inquéritos em curso na corte, com participação da Procuradoria-Geral da República. Ele destacou a importância das investigações sobre fake news e milícias digitais para a democracia e as instituições.
Essa polêmica coloca em evidência a relação entre os poderes no Brasil e levanta questionamentos sobre o papel do judiciário na atual conjuntura política do país.