Greve de ônibus na Região Metropolitana do Recife completa segundo dia e afeta 1,2 milhão de usuários do transporte público
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Os rodoviários, insatisfeitos com as propostas patronais, decidiram pela greve na semana passada e prometem manter a paralisação até que suas demandas sejam atendidas. Enquanto os trabalhadores pedem 5% de aumento salarial e a reposição da perda inflacionária, as empresas oferecem apenas 0,5% de aumento real. Além disso, a recusa da categoria em aceitar a elevação do valor do vale-alimentação de R$ 366 para R$ 400 também contribui para a manutenção do movimento grevista.
O sindicato que representa os rodoviários no Grande Recife ressalta que diversas tentativas de negociação foram feitas, mas nenhum avanço significativo ocorreu. Diante disso, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ordenou que seja mantida uma frota mínima de 60% dos ônibus durante o horário de pico e de 40% nos demais horários, sob pena de multas diárias de R$ 30 mil.
A empresa pública Grande Recife Consórcio de Transportes pediu à Justiça que determine a manutenção da frota mínima de ônibus, a fim de minimizar os impactos da paralisação para a população. Uma audiência de conciliação foi agendada para esta terça-feira, em Recife, com a participação do governo de Pernambuco sendo considerada fundamental para a resolução do impasse.
Diante do cenário de greve e das dificuldades enfrentadas pelos usuários do transporte público, as negociações entre os rodoviários e as empresas de ônibus prometem ser intensas e decisivas para o desfecho dessa situação. A população aguarda ansiosamente por uma solução que atenda às necessidades de ambas as partes envolvidas.