Eduardo Campos: Dez anos de questionamentos sobre a causa da morte

No dia 13 de agosto de 2014, a família do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (1965-2014), sofreu um duro golpe com sua trágica morte em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista. Dez anos depois, as cicatrizes permanecem, misturadas com lembranças do político e questionamentos sobre as circunstâncias da fatalidade.

Enquanto seus filhos e a viúva, Renata Campos, concentram seus esforços na preservação do legado político e afetivo do ex-governador, seu irmão, o advogado Antônio Campos, vai além, questionando ano após ano as causas do acidente aéreo e movendo ações judiciais em busca de respostas.

Um inquérito da Polícia Federal apontou quatro possíveis causas para o acidente, porém, a família contesta a conclusão e acredita em um acidente provocado por pessoas. Antônio Campos, em sua busca incansável por justiça, levanta a hipótese de homicídio, sem acusar diretamente qualquer pessoa, mas ressaltando a necessidade de novas investigações.

Eduardo Campos, na época candidato à Presidência pelo PSB, deixou um legado político que seus familiares continuam a honrar. João Campos, filho de Eduardo e atual prefeito do Recife, relembra com emoção a vitória do pai nas eleições de 2006, um momento marcante em sua memória. A família Campos permanece ativa na política, com diferentes posicionamentos, mas unida na busca pela verdade sobre a trágica morte de Eduardo.

A morte de Eduardo Campos não apenas abalou sua família, mas também a política brasileira. Sua ausência deixou um vazio que até hoje não foi preenchido, tornando sua memória viva e presente. A busca por justiça continua a guiar os passos da família Campos, que se mantém firme na determinação de esclarecer as circunstâncias que levaram à perda precoce de um dos líderes mais promissores da política nacional.