No Brasil, a cada hora, mais de 4.600 pessoas são alvo de tentativas de golpes financeiros por meio de aplicativos de mensagem ou ligações telefônicas, muitas vezes perpetrados por criminosos se passando por funcionários de bancos. Essa é apenas uma das estatísticas alarmantes reveladas por uma pesquisa do Datafolha em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo os dados levantados, cerca de 2.500 pessoas pagam por produtos na internet que nunca recebem, enquanto outras 1.680 são vítimas de furto ou roubo de celular a cada hora no país. Esses números preocupantes serão apresentados durante o 18º Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que ocorrerá em Recife na próxima quarta-feira (14).
Os crimes cibernéticos e outros delitos também revelaram um índice alto de subnotificação, pois apenas 30% das vítimas que sofreram golpes envolvendo Pix ou boletos falsos registraram ocorrência em delegacias. O prejuízo financeiro estimado em 12 meses atinge a marca de R$ 25,5 bilhões apenas com esses tipos de golpe, demonstrando o impacto devastador dessas práticas criminosas na população brasileira.
O perfil das vítimas desses crimes virtuais aponta para uma incidência maior entre indivíduos de maior renda e instrução, residentes em centros urbanos mais populosos. No entanto, proporcionalmente à renda, os prejuízos causados por golpes e roubos de celular afetam de forma mais intensa as camadas mais pobres da população, que também relatam um alto índice de crimes patrimoniais no país.
Com um total de 13 tipos de crimes analisados, o estudo revela um prejuízo financeiro de R$ 186 bilhões aos brasileiros, levando em consideração não apenas o lucro dos criminosos, mas também outros custos relacionados às vítimas. O sentimento de violação e insegurança gerado por esses crimes virtuais é evidente, transformando o cotidiano das pessoas e tornando a segurança pública uma questão urgente no Brasil.
