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Brasil se torna país de cegos na relação com a Venezuela: proposta de nova eleição é rejeitada como negacionismo diplomático.






Artigo: A proposta de nova eleição na Venezuela e o negacionismo diplomático

A proposta de nova eleição na Venezuela e o negacionismo diplomático

No relacionamento com a Venezuela, o governo converteu o Brasil num país de cegos. Nele, quem tem um olho reluta em constatar que o ditador Nicolás Maduro está nu. A ideia de contornar a crise venezuelana por meio da realização de uma nova eleição, mencionada por Lula em reunião ministerial realizada na semana passada, corresponde a uma espécie de negacionismo diplomático.

A fórmula da nova eleição, exposta em reportagem do Valor Econômico, foi confirmada pelo assessor internacional de Lula, Celso Amorim. Nas palavras de Amorim, trata-se de uma “sugestão ainda embrionária”. Seria uma espécie de “segundo turno” da contestada eleição venezuelana de 28 de julho, na qual Maduro se autoproclamou reeleito.

A proposta, por excêntrica, ainda não foi completamente digerida por Lula. O Brasil não se animou a expor a bizarrice nem mesmo à Colômbia e ao México, parceiros na articulação que busca uma saída negociada para a crise inaugurada pela fraude de Maduro. Conviria ao Planalto sepultar a excentricidade, pois embora certas autoridades demorem a enxergar o óbvio, a realidade ainda é o único lugar onde o Planalto e o Itamaraty podem obter um posicionamento que aproxime o Brasil da lógica e, sobretudo, da decência.

Por: Redação


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