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Justiça negada: 74 policiais condenados pelo massacre do Carandiru serão libertados, desafiando a memória das 111 vítimas indefesas.

Hoje, 74 agentes policiais condenados pelo massacre do Carandiru foram liberados, em um acinte contra a justiça que choca qualquer senso de moralidade e ética.

No dia em que completou 32 anos da execução de 111 presos na antiga penitenciária, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu encerrar as penas dos policiais envolvidos nesse trágico acontecimento.

Para que uma chacina aconteça, é necessário o uso de armas de fogo e indivíduos dispostos a utilizá-las; no entanto, para que a impunidade prevaleça, são necessárias canetas de juízes dispostos a ignorar a lei e a democracia.

Um conjunto de responsáveis é essencial para permitir que o genocídio permaneça sem consequências; um Judiciário lento é crucial para retardar qualquer tipo de resposta adequada ao massacre; um indulto concedido pelo presidente Bolsonaro em 2022 evidencia a falta de preocupação com as prisões superlotadas e desumanas.

Não se trata apenas de concordar ou não com os direitos das pessoas sob custódia do Estado, mas sim de garantir que haja responsabilidade pelas ações cometidas. Trinta e dois anos depois, muitas famílias das vítimas do Carandiru sequer receberam indenização do Estado, enquanto os sobreviventes organizam atividades em memória dos que foram brutalmente executados.

A decisão de não responsabilizar os envolvidos na tomada de vidas durante o massacre foi tomada por diversos atores do sistema de justiça e políticos, em uma situação que demonstra frieza e falta de empatia com a dor das vítimas e seus familiares.

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