No início da manhã da última sexta-feira (9), uma tragédia aérea abalou não só a família de Leonardo Risso da Silva, 30, mas também de outras 61 pessoas a bordo de um avião que caiu no quintal de uma casa em Vinhedo, interior de São Paulo. Leonardo acompanhava a esposa, a médica Arianne Risso, 34, até o aeroporto de Cascavel, Paraná, onde ela embarcou para um congresso em Curitiba com uma colega de trabalho.
A notícia do acidente pegou Leonardo de surpresa, que só soube através de uma ligação de uma amiga da esposa perguntando sobre o número do voo. Após a confirmação da lista de passageiros, ele partiu para São Paulo para acompanhar o processo de reconhecimento das vítimas, em meio à dor e choque da perda repentina.
Casados há oito anos, o casal decidiu vender tudo e mudar-se para Blumenau, Santa Catarina, onde Arianne iniciou sua especialização em oncologia. Ela era uma profissional dedicada e vocacionada, que escolheu seguir esse caminho após atender uma paciente com câncer em Fernandópolis, sua cidade natal.
O Hospital do Câncer de Cascavel, onde a médica atuava, emitiu uma nota enaltecendo sua dedicação e amor pela profissão, assim como o de sua colega, Mariana Comiran Belim, também vítima do acidente. Ambas eram reconhecidas pelo cuidado e atenção dispensados aos pacientes.
Familiares de outras vítimas também estão sendo deslocados de Cascavel para São Paulo, para providenciar a documentação necessária para o reconhecimento dos corpos. Uma força-tarefa da Polícia Científica foi montada para coletar material genético dos parentes, visando auxiliar no processo de identificação das vítimas no Instituto Médico-Legal da capital paulista.
O acidente deixou não só um rastro de tristeza em Cascavel, mas também a solidariedade e apoio às famílias das vítimas, que buscam respostas e tentam lidar com a dor dessa perda inesperada.
