Relações familiares no Dia dos Pais

A reportagem mostra diversos relatos sobre a relação entre filhos e pais, especialmente no contexto do Dia dos Pais. Luana Vidal, de 25 anos, relembra o último contato com seu pai, que ocorreu há cinco anos em uma audiência sobre pensão. Desde os dois anos de idade, as visitas do pai eram esporádicas, e Luana recorda de um churrasco em família como o último Dia dos Pais em que estiveram juntos.

Com o passar do tempo, as visitas foram diminuindo, e Luana relembra encontros em shoppings durante o almoço quando era mais jovem. Atualmente, celebra a data com a mãe, avô materno e padrasto, que considera suas referências paternas.

A psicóloga Belinda Piltcher Haber Mandelbaum, da USP, destaca que a ausência do pai pode ser mais difícil na infância, mas com o tempo a pessoa começa a compreender essa falta. Luana também menciona o impacto dessa ausência em datas comemorativas, citando a importância de celebrar com figuras que participaram da criação e educação.

Outro relato é o de Letícia Gosse, de 27 anos, que mesmo tendo o nome do pai no registro, ele foi ausente em toda sua vida. Letícia escolheu participar de uma cerimônia para encerrar essa relação e costuma celebrar o Dia dos Pais com o irmão e tios. No entanto, este ano será diferente, pois é mãe e está planejando a primeira comemoração da data com o filho e marido.

Por outro lado, há casos como o de Luis Felippe, de 23 anos, que prefere passar o Dia dos Pais sozinho, sem comemorações. A psicóloga Manuela Moura ressalta a importância de respeitar a decisão de não celebrar a data, permitindo que cada pessoa escolha como deseja passar o seu dia.

É evidente a diversidade de experiências e sentimentos em relação ao Dia dos Pais, demonstrando a complexidade das relações familiares e a importância de cada indivíduo encontrar seu caminho para lidar com essas questões.