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Eleições na Venezuela: disputa pela presidência gera polêmica e acusações de fraude em meio à crise política e social.




Guerra política na Venezuela

Guerra política na Venezuela

Segundo a oposição, González Urrutia venceu as eleições com 67% dos votos, mas o chavismo considera esta tese falsa.

Muitos observadores e especialistas, como Cellini e o professor de história da Universidade Central da Venezuela (UCV), Pedro Benítez, consideram o ataque inverossímil. Alguns acreditam que se trata de uma “invenção” do governo para evitar a publicação da ata.

“É um choque de trens no qual o governo foi proclamado vitorioso no processo eleitoral, mas não o provou com as atas de votação” e por outro lado a oposição “reivindica a vitória eleitoral, afirma ter as atas, mas não tem a quem apresentá-las, não tem meios institucionais para provar sua vitória”, destaca.

– Guerra de desgaste –

“O que ocorre neste momento é a consolidação de uma ditadura militar no pior estilo que se conheceu no Cone Sul (…) Estamos vendo desaparecimentos forçados, detenções em grande escala”, diz Benítez, destacando que hoje na América Latina existem três ditaduras: Cuba, Nicarágua e Venezuela, as três de esquerda.

Os protestos contra a reeleição de Maduro deixaram 24 mortos, segundo ONGs de direitos humanos, e mais de 2.200 detidos, segundo Maduro.


A situação política na Venezuela está cada vez mais tensa, com a oposição afirmando que González Urrutia venceu as eleições com 67% dos votos, enquanto o chavismo considera essa tese falsa. A alegação de ataques e manipulações durante o processo eleitoral tem gerado debates acalorados entre os especialistas. Alguns acreditam que o governo está inventando desculpas para evitar a divulgação das atas de votação.

De acordo com o professor Pedro Benítez, da Universidade Central da Venezuela, a situação atual no país sugere a consolidação de uma ditadura militar no pior estilo do Cone Sul, com casos de desaparecimentos forçados e detenções em grande escala. Benítez destaca que, na América Latina, existem atualmente três ditaduras de esquerda: Cuba, Nicarágua e Venezuela.

Os protestos contra a reeleição de Maduro resultaram em 24 mortes, segundo organizações de direitos humanos, enquanto o presidente venezuelano afirma que mais de 2.200 pessoas foram detidas. A polarização política no país parece estar levando a uma crescente violência e repressão, com ambos os lados lutando para provar sua legitimidade e conquistar o apoio do povo venezuelano. A incerteza política e social na Venezuela parece longe do fim, enquanto a guerra de desgaste entre governo e oposição continua a se intensificar.

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