
Brasil encerra participação em Paris longe dos top 10
Ao sediar as Olimpíadas em 2016, o Brasil conseguiu elevar seu status no quadro geral de medalhas, chegando pela primeira vez perto das grandes potências olímpicas, com o 13º lugar. Após atingir a melhor colocação da história em Tóquio-2020, ficando em 12º, o país perdeu força em Paris e fechou sua campanha neste sábado (10) fora dos primeiros colocados.
Os três ouros conquistados por Bia Souza, Rebeca Andrade e pela dupla Ana Patrícia e Duda não foram suficientes para superar os 19 países que já estavam no pódio antes do encerramento no domingo (11), sem nenhum representante brasileiro.
Por outro lado, considerando o total de medalhas e a presença em finais, o Brasil manteve um desempenho melhor do que antes de sediar os Jogos.
Análises mostraram que essa tendência também é observada em outros países que sediaram as Olimpíadas recentemente. Na França, por exemplo, houve uma expectativa de melhoria no desempenho, com um 8º lugar em Tóquio-2020 e a possibilidade de terminar em 5º em Paris.
No entanto, o Brasil foi superado por Japão e Grã-Bretanha, que mantiveram o impulso da sede ao menos até o ciclo seguinte. Coreia do Sul e Espanha, assim como o Brasil, desaceleraram na segunda edição após sediarem os Jogos.
MEDALHAS E FINAIS
Mesmo com uma posição geral inferior em Paris, o Brasil teve o segundo maior percentual de atletas em finais de sua história. O país apresentou uma melhora significativa nesse aspecto, com destaque para casos como o de Bárbara Domingues na ginástica rítmica e Miguel Hidalgo no triatlo.
Apesar de ter igualado o número de três ouros alcançado em edições anteriores, o Brasil obteve um total de 20 medalhas em Paris, o segundo melhor resultado da história. A delegação feminina foi a maioria, com 153 mulheres e 121 homens, e teve um desempenho mais positivo que a masculina.
Em comparação com outras edições, o Brasil reduziu o tamanho de sua delegação em Paris, retornando a um número semelhante ao de Pequim-2008. A manutenção do legado olímpico é um desafio para muitos países após sediar os Jogos, como evidenciado pelo caso da Grécia, que enfrentou dificuldades pós-Atenas-2004.
Os Estados Unidos, por sua vez, se destacam como um país que envia o maior número de atletas em todas as edições olímpicas, independentemente de sediá-las ou não. A competição pelo primeiro lugar no quadro de medalhas agora se dá entre EUA e China.