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Partido ultradireitista pode vencer eleição para a Assembleia Nacional da França após dissolução da Casa por Macron.




Eleição na França: ultradireitistas à frente nas pesquisas

Eleição na França: ultradireitistas à frente nas pesquisas

A expectativa é de que o partido ultradireitista Reunião Nacional (RN) vença a eleição para a Assembleia Nacional da França, após a dissolução da Casa pelo presidente Emmanuel Macron no domingo (9). Segundo a primeira pesquisa de intenção de votos para o pleito, o RN, liderado por Marine Le Pen, ganharia de 235 a 265 cadeiras no Legislativo, um grande avanço em relação às atuais 88.

Apesar disso, o partido ainda ficaria abaixo dos 289 necessários para obter uma maioria absoluta. Já a aliança centrista de Macron veria seu número de parlamentares reduzir pela metade, de 250 para 125-155, de acordo com a pesquisa da Harris Interactive-Toluna. Enquanto isso, os partidos de esquerda, que anunciaram unificação de candidaturas, poderiam controlar de 115 a 145 assentos.

A incerteza paira sobre a capacidade do RN de governar, mesmo que consiga uma maioria relativa no Parlamento. Diversos cenários são possíveis, como uma ampla coalizão de partidos tradicionais ou um Parlamento fragmentado totalmente.

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A decisão inesperada de Macron de dissolver a Assembleia Nacional abre caminho para a ultradireita alcançar o poder. Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, o RN obteve 31,4% dos votos, enquanto a coalizão de Macron ficou com 14,6%. Mesmo que o RN conquiste uma maioria no parlamento francês, Macron ainda continuará responsável pela defesa e política externa do país.

No entanto, ele perderia controle sobre a agenda doméstica, impactando áreas como política econômica, segurança, imigração e finanças. Isso, por sua vez, afetaria outras políticas, como a ajuda à Ucrânia, já que Macron precisaria do apoio do Legislativo para financiar qualquer suporte ao país do Leste Europeu.

“Ainda estamos chocados”, afirmou Emmanuel Pellerin, parlamentar da coalizão de Macron. “Tudo indica que o RN conquistará uma maioria relativa ou absoluta. Isso faz os franceses refletirem sobre o que está em jogo.”


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