
Aeronave que caiu em Vinhedo não reportou emergência, diz chefe do Cenipa
O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, informou em coletiva nesta sexta-feira, 9, que a aeronave que caiu com 61 pessoas em Vinhedo (SP) não comunicou nenhuma emergência antes do acidente. As duas ‘caixas pretas’ do avião foram encontradas e serão enviadas a Brasília para análise dos dados em perícias.
O porta-voz do órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou: “É tudo prematuro, mas o que temos até agora é que não houve comunicação da aeronave aos órgãos de controle sobre qualquer emergência.”
O Estado brasileiro está empenhado em realizar uma investigação minuciosa para determinar as causas do acidente, visando a prevenção de futuros eventos trágicos, destacou o militar.
Investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) já se encontram no local do acidente, que ocorreu em uma área residencial.
O avião transportava 61 pessoas, sendo 57 passageiros e quatro tripulantes, resultando no acidente aéreo com o maior número de vítimas em solo brasileiro desde 2007. A empresa Voepass Linhas Aéreas emitiu um comunicado corrigindo a informação inicial sobre a quantidade de passageiros a bordo.
A aeronave partiu de Cascavel, Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, caindo nas proximidades da rodovia SP-324, na cidade de Vinhedo. Infelizmente, não houve sobreviventes e nenhuma residência foi atingida no acidente.
O secretário de segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou a recuperação da ‘caixa preta’ da aeronave, vital para a investigação, que contém informações cruciais sobre o voo e a cabine de comando.