Tribunal de Contas decidirá se Lula deve devolver relógio Cartier de R$ 60 mil
No dia de hoje, o Tribunal de Contas estará analisando a questão envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um relógio da marca Cartier avaliado em R$ 60 mil, que o político recebeu durante uma visita à França em 2005. Essa polêmica remete ao caso das joias sauditas recebidas pelo atual presidente Jair Bolsonaro, trazendo à tona discussões sobre presentes e relógios no cenário político brasileiro.
A paixão por relógios parece ter um aspecto de fetiche masculino, sendo que líderes políticos ao redor do mundo são frequentemente vistos com peças de destaque em seus pulsos. Exemplos como Che Guevara e sua relíquia Rolex, ou Vladimir Putin e sua coleção pessoal, demonstram como esses objetos se tornam parte da imagem pública dos governantes.
No caso de Jair Bolsonaro, a questão dos relógios tomou um aspecto policial, quando o presidente recebeu um Rolex de ouro cravejado com diamantes e optou por vendê-lo de forma obscura. O presente originalmente dado ao presidente foi recomprado posteriormente por um valor inferior, levantando suspeitas e questionamentos sobre a conduta dos líderes políticos em relação a presentes recebidos durante seus mandatos.
Diante desse contexto, percebe-se que o valor e a origem dos presentes e relógios recebidos por autoridades públicas são temas de grande importância. O caso do Cartier de Lula, inspirado em croquis do Pai da Aviação e enviado pela casa francesa como um gesto simbólico, contrasta com o Rolex de Bolsonaro e sua transação controversa.
A discussão sobre presentes recebidos por presidentes não é algo novo, e exemplos históricos mostram como diferentes líderes lidaram com essa questão. Desde presentes valiosos dados ao presidente Castello Branco até a decisão da filha do presidente Geisel de entregar os mimos recebidos ao governo, a cultura dos presentes no cenário político brasileiro tem uma longa história.
Portanto, a decisão do Tribunal de Contas em relação ao relógio Cartier de Lula representa mais um capítulo nessa saga de presentes e relógios que marcam a trajetória dos líderes políticos do país.