Trabalhadores da Fiocruz fazem paralisação de 2 dias por reajuste salarial e planejam manifestação em frente ao Ministério da Saúde

A principal insatisfação dos servidores está relacionada à proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que oferece reajuste zero para este ano, seguido de aumentos de 9% em 2025 e 4% em 2026. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz, nos últimos 15 anos, os servidores tiveram perdas de poder de compra significativas, chegando a 59% para trabalhadores de nível superior e 75% para aqueles de nível intermediário. Diante disso, eles pedem reajustes de 20% nas próximas folhas salariais deste ano, 20% em 2025 e 20% em 2026.
O presidente do Sindicato, Paulo Garrido, afirmou que a greve é uma consequência da insatisfação dos trabalhadores com a proposta do governo, que não condiz com as perdas salariais acumuladas desde 2010. A direção da Fiocruz também apoia as reivindicações dos servidores e tem buscado apoio do governo e do Congresso Nacional para revisão da proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação.
A mobilização dos trabalhadores conta com o suporte de toda a direção da Fiocruz, que desde fevereiro tem defendido a pauta dos funcionários em reuniões com representantes do governo e do Congresso. O presidente da Fundação, Mario Moreira, entregou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, uma carta assinada pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz, solicitando apoio para a revisão da proposta do Ministério da Gestão e da Inovação.
Uma nova assembleia dos servidores está agendada para a manhã desta quinta-feira. Por sua vez, o Ministério da Gestão informou que está aberto ao diálogo com os servidores e que busca atender as reivindicações de reestruturação das carreiras, respeitando os limites orçamentários. Até o momento, o ministério já assinou 28 acordos com diferentes categorias, demonstrando um compromisso com a valorização dos servidores federais.