
Na última noite, o Reino Unido se viu em meio a mobilizações e tensões em diversas cidades do país. Em Brighton, no sul, em Sheffield e Newcastle, no norte, e em Oxford, no centro, grupos se reuniram para manifestar suas opiniões e enfrentar os desafios sociais que têm afligido a nação.
Apesar da maioria das regiões terem vivenciado uma noite tranquila, Aldershot, no sul do país, foi palco de tensões esporádicas. A polícia teve que intervir entre militantes antirracistas e grupos contrários aos migrantes, em um cenário que revela as divisões e conflitos presentes na sociedade britânica.
O governo trabalhista, liderado por Keir Starmer, já havia ordenado o reforço policial, com 6 mil agentes especializados em controle de distúrbios mobilizados ao longo da semana para garantir a segurança diante do cenário de possíveis confrontos.
Desde o início da crise, mais de 400 prisões foram efetuadas e mais de 120 pessoas foram indiciadas, de acordo com informações da promotoria. Algumas delas já enfrentavam processos judiciais em andamento.
“Nossa ação foi rápida e eficaz”, declarou o primeiro-ministro Keir Starmer, que reforçou sua postura firme contra os responsáveis pelos problemas enfrentados pela sociedade.
A crise em curso tem gerado preocupação na população britânica. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto Savanta nesta quarta-feira, 67% dos cidadãos do Reino Unido estão apreensivos com o avanço da extrema direita e os desafios sociais que tem se intensificado nos últimos tempos.