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STF avalia novas regras para punir portais de fake news e incluir remoção de conteúdo em decisão sobre responsabilização jornalística.




Ministros do STF avaliam incluir regras contra fake news

Ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam incluir regras para combater fake news

No dia 7 de abril, Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutiram a possibilidade de incluir regras para remoção de conteúdo e punição de portais que espalham notícias falsas na internet durante o julgamento sobre a responsabilização de veículos jornalísticos por declarações de entrevistados.

O processo voltou à pauta do STF após solicitação de associações de imprensa, que expressaram preocupações com a aplicação da decisão nas instâncias inferiores. As regras inicialmente definidas pelos ministros foram consideradas abertas, o que levantou preocupações sobre o assédio judicial a jornalistas.

Diante disso, a tendência é que o tribunal aprove uma nova tese mais detalhada para evitar lacunas que poderiam ser exploradas. Paralelamente, uma ala da corte estuda incluir medidas contra sites que disseminam fake news.

O ministro Alexandre de Moraes alertou para o uso de entrevistas por portais, blogs e streamings para propagar informações falsas, caracterizando como “lavagem de notícias fraudulentas”. Ele ressaltou a importância de remover conteúdos considerados ilícitos após condenações judiciais.

O julgamento foi interrompido por Flávio Dino, que solicitou mais tempo para análise e prometeu devolver o processo para julgamento ainda neste mês. Dino destacou a existência de veículos que são fundados na internet exclusivamente para difamar, inclusive com entrevistas encomendadas.

Em novembro de 2023, o tribunal definiu que jornais, revistas, portais e canais jornalísticos podem responder solidariamente na Justiça por publicarem denúncias falsas de crimes. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) apresentou um recurso chamado embargo de declaração para questionar pontos que não ficaram claros na decisão.

Após a reunião, o ministro Fachin reconheceu a necessidade de “aperfeiçoamento” da tese e propôs uma nova redação para esclarecer os critérios de responsabilização dos meios de comunicação na divulgação de fake news.


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