Ministra dos Povos Indígenas busca solução pacífica para conflitos fundiários em Douradina (MS) com presença da Força Nacional

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), no último fim de semana, ocorreram dois grandes ataques a acampamentos, resultando em pelo menos nove indígenas feridos. Os atacantes destruíram barracos, pertences pessoais e símbolos culturais dos guarani-kaiowá. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a presença de homens armados ao redor das áreas ocupadas.
Durante a visita, a ministra Sonia Guajajara enfatizou a importância do diálogo e da paz. Ela discutiu a situação com produtores rurais e trabalhadores locais, ao lado da presidenta da Funai, Joênia Wapichana, e do coordenador geral de Operações da Força Nacional de Segurança Pública, Luis Humberto Caparroz. Guajajara ressaltou a necessidade de ouvir todos os lados envolvidos no conflito e buscou soluções para parar a violência.
Além disso, a ministra autorizou o reforço do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública na região, visando garantir a segurança dos povos indígenas e prevenir novos conflitos. Ela também afirmou que o governo federal está trabalhando para retomar os processos de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul e em todo o país.
A Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, onde ocorreram as ocupações, foi delimitada em 2011, mas enfrenta recursos judiciais que impediram a conclusão do processo. A situação coloca em destaque a complexidade dos conflitos fundiários entre indígenas e produtores rurais na região. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul aponta a existência de mais de 283 mil hectares de terras em disputa, causando insegurança jurídica no campo.
No entanto, a busca por uma solução pacífica e justa é essencial para garantir a segurança e o bem-estar de todas as partes envolvidas nessa questão delicada. A ministra Sonia Guajajara reforçou a importância do diálogo e da presença do Estado para promover a paz e a resolução dos conflitos fundiários no Mato Grosso do Sul.