Liderança do movimento de familiares de vítimas de violência do Estado anuncia candidatura à vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro

Monica Cunha, liderança do movimento de familiares de vítimas de violência, anuncia candidatura a vereadora do Rio de Janeiro

No último dia 5, Monica Cunha, conhecida por seu trabalho em defesa dos direitos humanos e como liderança do movimento de familiares de vítimas de violência do Estado, surpreendeu ao anunciar sua candidatura a vereadora pelo PSOL. Após a perda trágica de um de seus três filhos, Rafael, assassinado por policiais em Riachuelo há duas décadas, a candidata se aproximou ainda mais do ativismo em busca de justiça e transformação social.

Com uma trajetória marcada pelo enfrentamento de questões relacionadas à violência e ao racismo, Monica Cunha já havia se destacado por sua atuação no Movimento Moleque, que mobilizava familiares de adolescentes e jovens cumpridores de medidas socioeducativas desde 2003. Sua candidatura agora representa a continuidade desse trabalho em busca de representatividade e luta por direitos.

A vereadora, em seu mandato, conquistou avanços significativos, incluindo a criação da primeira Comissão de Combate ao Racismo em uma casa legislativa brasileira. O trabalho de Monica não se limitou apenas à formulação de leis, mas também se estendeu ao fortalecimento de políticas de inclusão e de reconhecimento da cultura afro-brasileira.

O anúncio da candidatura de Monica Cunha contou com o apoio de diversas personalidades, como Tarcísio Motta, candidato à prefeitura do Rio, que destacou a importância do trabalho da futura vereadora. “Do luto, da dor e da perda, vocês fazem sementes. Hoje é tempo de esperançar um mundo novo onde nossos jovens não morram na mão do estado. Você me ensina, Monica Cunha, que a construção de uma cidade antirracista é o dever de todos nós!”

Em sua entrevista, Monica Cunha ressaltou que seu mandato é pautado pela continuidade do trabalho em prol dos direitos humanos e da justiça social. Suas propostas incluem iniciativas como a Semana Municipal em Memória das Vítimas de Violência Armada e o Dia Municipal do Jongo, buscando dar visibilidade a expressões culturais tradicionais da população brasileira.

Com projetos já em tramitação, como o que visa nomear uma rua em memória de Amarildo de Souza na Rocinha, Monica Cunha reforça seu compromisso em dar voz às demandas da sociedade e em promover mudanças estruturais em prol da igualdade e da justiça.

A atuação de Monica Cunha como vereadora e ativista destaca a importância de representatividade e de engajamento cívico na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde o respeito aos direitos humanos seja uma prioridade.