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Aline Lopes, delegada responsável pelo caso
Ao UOL, a defesa de Igor Viana disse receber com surpresa a prisão de seu cliente. “A defesa esclarece que não há qualquer fato novo ou contemporâneo que pudesse justificar o pedido de prisão preventiva de Igor. Na verdade, a defesa entende que o pedido de representação pela prisão preventiva de Igor de forma reiterada, é apenas um malabarismo midiático para chamar atenção da mídia novamente para o caso.”
Igor é investigado diretamente por cinco tipificações criminosas: maus-tratos; causar constrangimento à criança; incitar discriminação contra a pessoa com deficiência; estelionato e desvio de proventos da pessoa com deficiência. Ana Vitória, por sua vez, é investigada diretamente por estelionato.
Polícia também investiga se Ana Vitória foi omissa em relação a supostos crimes cometidos pelo pai contra a filha. Conforme a Polícia Civil de Goiás, as atitudes do pai foram praticadas enquanto ele ainda vivia com a mãe da menina e, portanto, embora ela não seja a autora direta dos crimes, pode responder por omissão.
Pai causou constrangimento à filha em vídeos expostos nas redes. Segundo a investigação, Igor usou termos pejorativos para se referir à criança. Nesse mesmo contexto, Viana é suspeito de incitar a discriminação contra a pessoa com deficiência porque suas falas não atingem apenas a filha, mas todas as pessoas que têm algum tipo de deficiência.
Os pais ainda são investigados pela suposta prática de estelionato. Segundo a delegada responsável pelo caso, Aline Lopes, há indícios de que Igor e Ana simulavam que a filha precisava de doações para custear tratamento, mas usavam as verbas doadas com outras coisas. A mãe, inclusive, teria feito intervenções estéticas com o dinheiro doado.