Não está confirmada essa conversa do ex-presidente Lula com Nicolás Maduro hoje, e nem mesmo com Edmundo González, candidato da oposição, embora exista o desejo. Portanto, a situação ainda está em aberto.
Lula não irá agendar nada sem a participação do México e, principalmente, da Colômbia. E muito menos sem estabelecer um diálogo com a oposição. É correto; não é simplesmente marcar, e é necessário pressionar Maduro para encontrar uma solução para essa crise. Da forma como está, não há saída à vista.Tales Faria, colunista do UOL
Segundo Tales, o governo brasileiro adota cautela antes de negociar com Maduro por considerá-lo líder de um regime ditatorial, ao contrário da era de Hugo Chávez, visto como um governante autoritário pelo Palácio do Planalto.
A situação na Venezuela deve ser analisada dentro de um contexto temporal. Hugo Chávez ascendeu ao poder após uma sequência de regimes de direita, alguns deles ditatoriais. Naquela época, ele se tornou um aliado de Lula, prometendo democratização. No entanto, Chávez possuiu uma tendência ditatorial internalizada, característica da esquerda radical.
Hoje, o governo brasileiro reconhece o governo de Maduro como uma ditadura, ao contrário do entendimento em relação a Chávez no passado. Daí a cautela de Lula em dialogar com Maduro e resolver essa questão.Tales Faria, colunista do UOL
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