
Detenção de colaboradora de líder da oposição na Venezuela gera protestos
Na terça-feira (6), María Oropeza, colaboradora de María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, foi detida por militares em uma ação que gerou revolta e indignação. A detenção foi transmitida ao vivo por Oropeza em sua conta no Instagram, enquanto funcionários da DGCIM (Direção de Contrainteligência Militar) invadiam sua casa, sem qualquer ordem judicial.
Horas antes de sua prisão, Oropeza havia criticado a “Operação Tun Tun”, iniciativa da DGCIM que buscava denúncias de casos de “ódio” durante os protestos contra a reeleição do ditador Nicolás Maduro. A ação foi descrita como uma tentativa de perseguir os cidadãos que se manifestaram nas eleições contestadas.
O Comitê de Direitos Humanos do Partido Vente Venezuela, liderado por Corina Machado, denunciou a prisão de Oropeza e pediu a intervenção da comunidade internacional. A oposição venezuelana se mobilizou em apoio à colaboradora, exigindo sua libertação imediata.
A prisão de Oropeza foi mais um episódio de repressão do regime de Maduro, que já resultou em mais de 1.000 detenções por motivos políticos. O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, condenou a ação e afirmou que a repressão deve ser interrompida.
Desde a eleição de 28 de julho, a Venezuela enfrenta uma crise política, com denúncias de fraudes e prisões arbitrárias. A falta de transparência no processo eleitoral tem gerado tensões crescentes entre o regime e a oposição, levando a um clima de instabilidade no país.
Os protestos e manifestações continuam em diversas cidades venezuelanas, enquanto a comunidade internacional observa com preocupação a escalada da repressão e a deterioração dos direitos humanos no país.