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Candidato da oposição na Venezuela se recusa a comparecer ao Tribunal Supremo de Justiça em meio a investigação eleitoral

O candidato da oposição na eleição presidencial da Venezuela, Edmundo González, anunciou nesta quarta-feira (7) que não irá comparecer ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país. Ele foi convocado a comparecer à Corte para prestar esclarecimentos e apresentar os documentos eleitorais em posse de seu partido, em meio a uma investigação aberta pelo TSJ sobre o processo eleitoral do dia 28 de julho.

González argumentou que a investigação do TSJ sobre o pleito é uma invasão das competências do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão responsável pelo processo eleitoral venezuelano. O candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) reclamou que o CNE descumpriu a legislação nacional ao não realizar uma totalização oportuna e baseada em atas de escrutínio postas à disposição dos partidos e candidatos, além de não realizar todas as auditorias previstas nas normas vigentes.

O presidente reeleito Nicolás Maduro confirmou que comparecerá ao tribunal na próxima sexta-feira (9) para apresentar as atas em mãos do seu partido. Maduro reafirmou que apresentará 100% das atas em posse dos partidos de sua coalizão e respondeu às acusações da oposição sobre a legitimidade dos resultados eleitorais.

O embate entre o governo e a oposição venezuelana em relação aos resultados eleitorais tem gerado controvérsias e acusações mútuas. Enquanto a oposição alega que os resultados proclamados pelo CNE não condizem com os dados das atas que possuem, o governo acusa a oposição de falsificar as mesmas.

Com a não divulgação pública dos resultados por mesa pelo CNE, prevalece uma disputa de narrativas sobre a legitimidade do pleito. A situação política na Venezuela permanece tensa, com a convocação de lideranças partidárias e candidatos para prestarem esclarecimentos perante o Tribunal Supremo de Justiça. A aguardar os desdobramentos dessas investigações e audiências, a incerteza em relação ao resultado das eleições presidenciais persiste no país sul-americano.

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