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Segundo essa fonte, que não quis se identificar por segurança, armamentos como esse chegam ao Brasil pelas fronteiras. As fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, dominadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), seriam exemplos de porta de entrada.
O UOL entrou em contato com a PF para o envio de informações sobre o combate ao uso dessas armas e dados sobre apreensões. A instituição disse que não envia posicionamento sobre casos em andamento. Já a Receita Federal informou que só há o registro dessa apreensão de julho.
“Isso [única apreensão divulgada] não representa a realidade”, disse a fonte. “Essas armas entram facilmente pelas fronteiras. As fronteiras com a Bolívia, Peru e Paraguai, por exemplo, são imensas”, acrescentou.
Utilização do fuzil
O fuzil antidrone pode ser utilizado pelo crime no nível tático, explicou ao UOL o especialista em segurança Vinícius Domingues Cavalcante. “A arma vai atrapalhar a orientação dos drones inimigos. É preciso perceber a aproximação porque o drone, muitas vezes, faz pouco ruído e, dependendo da altura, pode não ser visto”.
Para Cavalcante, o fuzil antidrone pode ser dado a um olheiro do crime que esteja em uma posição alta de um morro, por exemplo. “Também tem uma questão de exibição. Quando você mostra para o adversário que tem capacidade, exibe o armamento, isso tem um efeito psicológico”, analisa o consultor em segurança.