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Projeto vitorioso para nova sede do governo paulista na Cracolândia prevê calçadões, áreas verdes e lojas acessíveis para integração.





Projeto vencedor para a construção da sede do governo paulista nos arredores da cracolândia

Noite de terça-feira (6) e anúncio do vencedor do concurso promovido pelo IAB-SP (Instituto dos Arquitetos do Brasil em São Paulo) para a construção da futura sede do centro administrativo do governo paulista nas imediações da cracolândia, região central de São Paulo. O projeto idealizado pelo arquiteto Pablo Chakur, do escritório Ópera Quatro, se destacou ao propor a integração dos novos edifícios ao entorno, com calçadões, áreas verdes e lojas acessíveis a pedestres.

Chakur enfatizou a flexibilidade da construção, permitindo que os edifícios sejam erguidos em módulos e por etapas, adequando-se aos diversos tamanhos de departamentos. Com essa abordagem, o arquiteto busca evitar que a obra se torne um elefante branco, inútil ou obsoleto para a comunidade.

O destaque do projeto está na proposta de criar grandes calçadões para incentivar a circulação de pessoas, conectando a praça Princesa Isabel às vias do entorno. A rua Guaianases seria exclusivamente para pedestres, visando deixar um legado na cidade, conforme mencionado por Chakur em entrevista à imprensa.

A escolha do bairro Campos Elísios como local para concentrar a maioria das secretarias e órgãos estaduais, juntamente com os mais de 20 mil servidores públicos, é vista como estratégia principal da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para revitalizar a região, ressaltando a importância do projeto vencedor.

O júri, ao escolher o projeto de Chakur por unanimidade, destacou a preocupação com a sustentabilidade, evidenciada pela opção por apenas um piso subterrâneo para estacionamento, em contraste com outras propostas que previam três pavimentos no subsolo.

Além disso, as fachadas duplas dos edifícios propostos, com vidro temperado e vãos entre as construções atuando como barreiras térmicas, foram elogiadas por promoverem uma redução no uso de ar-condicionado. A variação no tamanho dos prédios também foi um ponto forte do projeto, permitindo a adaptação a diferentes necessidades do governo.

O resultado do concurso será oficializado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e haverá prazo para recursos. A construção, por meio de uma PPP, deverá ter um custo estimado de R$ 3,9 bilhões, com o governo pagando ao concessionário vencedor ao longo de 30 anos. O projeto vencedor garantirá ao escritório de Chakur uma premiação em dinheiro e a oportunidade de elaborar o projeto final.

Com a expectativa de transformar a região central de São Paulo e contribuir para o desenvolvimento da cidade, a futura sede do governo paulista promete ser um marco arquitetônico e urbanístico de relevância.


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