Ministros do Governo Lula perdem popularidade digital
No cenário político brasileiro, a popularidade digital dos ministros do governo Lula tem sido tema de análise em meio à presença de memes como o “Taxad”, que têm circulado nas redes sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vem perdendo popularidade desde maio, mas se mantém na liderança do ranking entre os membros do alto escalão do governo.
Já Paulo Pimenta (PT), que outrora ocupava o topo do ranking de popularidade com seu protagonismo diante das chuvas no Rio Grande do Sul, viu sua posição despencar e terminou julho em terceiro lugar, atrás do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), titular do Ministério do Desenvolvimento.
Os dados que embasam essas observações são provenientes do IPD (Índice de Popularidade Digital), que varia de 0 a 100 e é analisado diariamente pela empresa de pesquisa Quaest. Este índice é calculado a partir de um algoritmo que considera 175 variáveis das plataformas X (ex-Twitter), Facebook, Instagram, TikTok, YouTube, Wikipédia e Google.
O ranking dos cinco ministros mais populares inclui ainda Simone Tebet (MDB), responsável pelo Planejamento, e Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, que ocupava a nona posição em maio.
Enquanto Simone Tebet mantém sua relevância virtual mesmo diante da pressão por cortes de gastos do governo federal, Paulo Teixeira recentemente se manifestou sobre a reforma tributária em trâmite no Congresso Nacional, defendendo a taxação de agrotóxicos e produtos ultraprocessados.
Por questões de ausência de presença em redes sociais, cinco ministros não foram incluídos na análise. No entanto, Fernando Haddad já se destacava desde o início do governo, liderando em conjunto com Flávio Dino, antes ministro da Justiça e atual membro do Supremo Tribunal Federal.
Com a aproximação da entrada em vigor da “taxa das blusinhas”, que gerou os memes “Taxad”, o ministro da Fazenda viu sua popularidade virtual sofrer um impacto, suscitando debates sobre a reforma tributária e o aumento da arrecadação para reverter o déficit fiscal.
Por outro lado, Paulo Pimenta foi destaque ao representar o governo durante a crise das chuvas no Rio Grande do Sul, sendo posteriormente nomeado ministro extraordinário para coordenar as ações federais. Contudo, desentendimentos com o governador Eduardo Leite afetaram sua posição nas redes.
Geraldo Alckmin também se pronunciou sobre a situação, destacando a queda na carga tributária em 2023 em relação ao ano anterior e defendendo a “taxa das blusinhas” como medida para preservar empregos. Além disso, criticou decisões da Câmara dos Deputados na reforma tributária.
A avaliação da popularidade dos ministros leva em consideração cinco dimensões: fama, engajamento, mobilização, valência e interesse, ponderadas de acordo com um modelo analítico que busca prever resultados com base em eleições passadas.
