Eleição presidencial na Venezuela: 21 milhões de eleitores vão às urnas em disputa acirrada entre Maduro e candidato da oposição.

Pela primeira vez desde 2015, toda a oposição venezuelana decidiu participar do pleito após anos de boicote às eleições nacionais. Esse movimento marca um momento importante na história política do país sul-americano.
As pesquisas eleitorais apresentam resultados divergentes sobre o resultado das eleições. Enquanto algumas enquetes indicam uma vitória confortável do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outras apontam para a reeleição de Nicolás Maduro com uma margem significativa.
A Venezuela enfrenta um cenário de bloqueio financeiro e comercial desde 2017, quando países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia deixaram de reconhecer a legitimidade do governo de Maduro. Além disso, a nação vizinha enfrenta uma grave crise econômica, com hiperinflação e uma queda de aproximadamente 75% do PIB, o que provocou a migração de mais de 7 milhões de pessoas.
Apesar dos desafios econômicos, a Venezuela vem apresentando sinais de recuperação desde meados de 2021, com a hiperinflação controlada e um crescimento econômico nos anos de 2022 e 2023. No entanto, os salários permanecem baixos e os serviços públicos encontram-se em estado precário.
A flexibilização parcial do embargo econômico desde 2022 e a assinatura de um acordo entre oposição e governo para as eleições deste ano sugerem um cenário de abertura política, mas recentes prisões de opositores e a recusa de alguns candidatos em aceitar o resultado eleitoral levantam dúvidas sobre o futuro do país após a votação.