
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), promulgou uma lei que responsabiliza as universidades por trotes violentos realizados por seus alunos, nesta terça-feira (6).
De autoria da deputada estadual Thainara Faria (PT), o texto exige que as instituições adotem medidas preventivas para coibir tais práticas dentro e fora de suas dependências, apliquem e instaurem processos disciplinares contra os infratores, e imponham penalidades a eles, podendo incluir a expulsão.
Caso a instituição não cumpra os procedimentos previstos ou mostre negligência, será punida administrativamente.
“O ambiente universitário não pode ser um espaço perigoso. Quantas mulheres já foram vítimas de atos violentos? Quantos jovens perderam a vida em ações que, para alguns, eram vistas como brincadeiras, mas ultrapassaram todos os limites?”, ressaltou a deputada.
Trotes violentos e constrangedores em universidades são frequentes no Brasil. Em janeiro deste ano, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) expulsou quatro alunos que forçaram duas calouras a consumirem um litro de cachaça misturada com outros ingredientes. Uma delas passou mal, foi hospitalizada e ficou em coma por dias.
Em 2023, um grupo de estudantes do curso de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) foi filmado tirando a roupa e correndo nu pela quadra durante um jogo de vôlei contra outra instituição.
A advogada de parte dos alunos, Clarissa Höfling, afirmou que os jovens foram coagidos a ficarem nus em meio a uma série de imposições feitas por veteranos aos calouros. A Unisa também expulsou os alunos identificados nas imagens.