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Regulação da Inteligência Artificial avança no Senado com proposta equilibrada, afirma representante da Presidência da República.




Artigo sobre Regulamentação da Inteligência Artificial

Conselho de Comunicação Social analisa proposta de regulamentação da inteligência artificial

05/08/2024 – 14:10

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional se reuniu nesta segunda-feira para discutir a proposta de regulamentação da inteligência artificial. A representante da Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República, Marina Pita, elogiou a maturidade e equilíbrio do texto do PL 2338/23 em análise no Senado Federal.

Marina Pita participou de uma audiência pública realizada pelo Conselho de Comunicação Social, onde destacou a importância do equilíbrio entre inovação e proteção na regulamentação da inteligência artificial. Ela ressaltou que mais de 19 ministérios estiveram envolvidos na discussão do projeto e que a versão atual é menos prescritiva, o que contribui para o desenvolvimento da tecnologia.

A regulamentação da inteligência artificial também foi abordada em relação às redes sociais. Marina Pita enfatizou a preocupação com a integridade da informação e ressaltou que a regulação não deve interferir nos conteúdos individuais das plataformas.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A questão da regulação das redes sociais também foi destacada durante a audiência. A representante da secretaria de Políticas Digitais afirmou que é essencial proteger a liberdade de expressão através de medidas transparentes sobre a publicidade nas plataformas digitais.

O presidente do Conselho, Miguel Matos, ressaltou a importância de estabelecer regras para o uso da inteligência artificial que promovam a liberdade de expressão e protejam a sociedade de possíveis riscos. Ele citou a regulamentação inédita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do uso da IA nas eleições municipais de 2024, destacando medidas como a proibição das deep fakes e a responsabilização das plataformas por conteúdos prejudiciais.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A pesquisadora Marilda Silveira enfatizou a importância da discussão sobre a regulamentação do uso da inteligência artificial nas eleições, defendendo a necessidade de fiscalização e imparcialidade das grandes plataformas digitais. Ela ressaltou a importância de separar os impactos da IA no processo eleitoral e no processo democrático, buscando formas eficazes de controle e sanção.

O advogado Fabrício da Mota Alves destacou a necessidade de definir um órgão regulador para lidar com a inteligência artificial, ressaltando a importância da proteção de dados e a aproximação das propostas do Senado e do TSE em termos regulatórios.

As discussões sobre a regulamentação da inteligência artificial no Parlamento devem considerar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial 2024-2028, que prevê investimentos significativos no uso da tecnologia para melhorar os serviços públicos. Educação midiática e campanhas educativas também foram ressaltadas como medidas necessárias para a conscientização do público sobre o uso da IA e a identificação de conteúdos gerados por essa tecnologia.

Reportagem por Lara Haje
Edição por Rachel Librelon


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