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Pastor Diego Reis, pré-candidato em São Paulo, condenado por campanha antecipada e suspeita de abuso de poder político em distribuição de cestas básicas.

O pré-candidato a vereador em São Paulo, Pastor Diego Reis (Republicanos), enfrenta uma condenação por campanha antecipada. A decisão foi proferida pelo juiz da 2ª Zona Eleitoral da capital paulista, Rodrigo Marzola Colombini, que determinou o pagamento de R$ 10 mil pelo ato. Além disso, os autos serão enviados para a 1ª Zona Eleitoral para investigar possíveis abusos de poder político relacionados à distribuição de cestas básicas com o logo da Prefeitura de São Paulo por uma ONG ligada ao religioso.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) investigará a suspeita de exigência de CPF e título de eleitor para a retirada das cestas básicas, após cultos realizados na Zona Sul da capital. A defesa do pré-candidato afirmou que recorrerá da decisão junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) e que apresentará defesa nos autos que tramitarão na 1ª Zona Eleitoral. Paralelamente, a Prefeitura de São Paulo iniciou um processo administrativo para esclarecer os fatos.

Segundo os documentos do processo, Pastor Diego Reis divulgava a distribuição das cestas básicas do programa municipal “Cidade Solidária” através de suas redes sociais. O juiz Colombini considerou que houve apropriação indevida de um bem público, uma vez que as cestas são custeadas pela Prefeitura de São Paulo e o pré-candidato se beneficiava disso, infringindo a igualdade entre os postulantes. O magistrado ressaltou que a divulgação das doações tinha o claro propósito de promover-se politicamente, configurando propaganda eleitoral ilegal.

A polêmica se agravou quando uma página no Facebook exigiu a apresentação de documentos e a espera até o final de um culto evangélico para receber as doações em nome do Instituto Diego Reis, que leva o nome do pré-candidato. Apesar da edição posterior do texto, o episódio gerou mais de 200 comentários, incluindo críticas à exigência dos documentos para receber ajuda alimentar.

As entregas das cestas básicas, conforme denunciado pelo MPE, ocorreram no final de junho em uma região da zona sul da cidade. O promotor Nelson dos Santos Pereira Junior afirmou que o Pastor Diego Reis teria utilizado o seu instituto de forma inadequada para promover a distribuição das cestas básicas da Prefeitura de São Paulo como estratégia eleitoral.

Com essas informações, o pré-candidato terá que lidar não apenas com a condenação por campanha antecipada, mas também com a investigação sobre possíveis abusos de poder político. A decisão do juiz Colombini destaca a importância de manter a equidade entre os candidatos e evitar práticas de promoção pessoal com recursos públicos em prol de interesses eleitorais.

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