Eleições do CFM: Ex-presidentes falam sobre a importância da priorização da Saúde Pública e Despolitização
No próximo dia 6 e 7 de outubro, estão marcadas as eleições do Conselho Federal de Medicina (CFM). Ex-presidentes da entidade expressaram suas preocupações e expectativas em relação ao processo eleitoral, em entrevista ao Painel. Eles esperam que as eleições levem a uma despolitização do CFM e à priorização da saúde pública na gestão.
Waldir Paiva Mesquita, presidente do CFM de 1994 a 1999, destacou a importância de eleger conselheiros que compreendam a necessidade de defender os interesses da sociedade, refletindo assim os interesses da categoria médica e garantindo condições adequadas para o atendimento aos pacientes. Ele ressaltou a gravidade da influência de grupos que defendem posicionamentos contrários à ética e à ciência no âmbito da medicina.
Por sua vez, Gabriel Oselka (1984-1989) lamentou a institucionalização de grupos que propagam posições anticientíficas e se manifestou a favor de uma renovação no CFM, afastando a politização do órgão. Ele ressaltou a importância de focar a discussão no campo da ciência e da saúde pública durante as eleições.
Edson de Oliveira Andrade (1999-2009) expressou preocupação com a queda de qualidade do CFM e a influência de correntes políticas na entidade, destacando a necessidade de manter o conselho livre de interferências externas.
Nas eleições do CFM, cada estado e o Distrito Federal elegerão conselheiros titulares e suplentes para os próximos cinco anos. Diferentes chapas estão concorrendo, com propostas que vão desde a defesa da vida e da saúde pública até a renovação e despolitização do órgão.
Diante desse cenário, a sociedade e a classe médica aguardam atentamente o desfecho das eleições do CFM, esperando que a gestão futura seja pautada pela ética, pela ciência e pelo compromisso com a saúde pública.
