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Confrontos em Bangladesh deixam 300 mortos desde julho em protestos sangrentos contra o governo Sheikh Hasina.




Confrontos em Bangladesh deixam 300 mortos desde julho

Confrontos em Bangladesh deixam 300 mortos desde julho

No último domingo (4), o cenário em Bangladesh foi marcado por um dos dias mais sangrentos das semanas de protestos antigoverno, com 94 pessoas mortas. Esse número se soma aos 300 mortos desde julho, quando os confrontos tiveram início. Os relatórios da polícia, autoridades e médicos dos hospitais que atendem as vítimas confirmam essa triste realidade.

Diante desse cenário, os manifestantes prometem retomar os atos nesta segunda-feira (5). Em resposta, policiais e soldados estão mobilizados na capital, Daca, com patrulhas rodoviárias e barricadas nas estradas de acesso ao gabinete da primeira-ministra Sheikh Hasina.

As manifestações que começaram no mês passado, com estudantes pedindo o fim do sistema de cotas em cargos públicos, evoluíram para uma campanha pela destituição de Hasina, reeleita para o quarto mandato consecutivo em janeiro em uma eleição controversa.

O episódio de violência deste domingo foi o mais alto em um único dia na história recente de Bangladesh, superando os 67 mortos em 19 de julho. A praça central de Shahbagh, em Daca, foi palco de confrontos, assim como outros pontos da cidade.

Apesar do toque de recolher decretado pelo governo e do feriado nacional de três dias, os líderes das manifestações prometem intensificar o movimento. O coordenador do protesto, Asif Mahmud, convocou a população a se juntar em Dhaka e responder aos episódios de violência.

Além disso, um ex-chefe do Exército pediu a retirada das tropas e a permissão para os protestos, condenando os atos de violência e repressão do governo.

A população de Bangladesh segue em luto e em busca de justiça diante do cenário de violência e instabilidade política que assola o país. A pressão sobre o governo e a mobilização popular continuam, em meio a um clima de tensão e incerteza.


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