O modelo de Silver é uma das ferramentas mais utilizadas para prever o resultado das eleições nos Estados Unidos. Nate Silver, estatístico renomado, leva em conta os resultados de diversas pesquisas eleitorais e ajusta o peso de cada uma delas conforme o nível de confiabilidade dos resultados dos levantamentos. Além disso, outras variáveis são consideradas, como o número de eleitores registrados por região e eleitores prováveis – nos EUA, o voto não é obrigatório.

No mais recente monitoramento de intenções de voto por estado, foi observado um avanço significativo da candidata democrata Kamala Harris em estados considerados decisivos para a eleição. Harris teve aumento de apoio em lugares como Pennsylvania, Wisconsin, Michigan, Georgia, Arizona, Virginia, New Hampshire e Minnesota, colocando pressão sobre o atual presidente, Donald Trump.

Dos estados citados, Trump só está à frente de Kamala na Georgia e no Arizona, o que demonstra uma mudança de cenário em relação às pesquisas anteriores. Essa mudança pode indicar uma possível virada na corrida eleitoral, uma vez que esses estados são cruciais para a conquista da presidência dos EUA.

É importante ressaltar que a contabilização por estados tem uma importância maior nos EUA do que no Brasil. Nas eleições americanas, o sistema é indireto: o partido que vencer em cada estado tem um número fixo de delegados, que votam em nome dos eleitores no dia do pleito. Por esse motivo, o desempenho de cada candidato em estados-chave pode ser determinante para o resultado final da eleição.