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O governo da China publicou recentemente um plano com o objetivo de estimular o consumo das famílias no país. Esse plano tem como foco principal os cuidados infantis, o atendimento aos idosos e os setores de alimentos e bebidas. Com 20 medidas em destaque, divulgadas no site oficial do governo em uma noite de sábado, essa iniciativa serve como um guia para ministérios e autoridades locais.
A decisão de implementar essas medidas veio após uma reunião realizada em julho, na qual o Partido Comunista Chinês se comprometeu a impulsionar o consumo, já que a economia estava se recuperando lentamente desde a suspensão das restrições contra a Covid-19 no final de 2022.
Entre as medidas propostas, está o aumento da oferta de serviços de atendimento aos idosos, que se tornou um setor de crescimento importante devido ao envelhecimento da população chinesa. Além disso, o plano defende o desenvolvimento da oferta de cuidados infantis, diante do declínio no desejo de ter filhos entre os jovens devido aos custos elevados da educação e à falta de apoio social.
Para garantir que essas medidas sejam viáveis, o governo planeja proporcionar reduções no imposto de renda, especialmente para compensar os custos dos cuidados prestados às crianças mais novas e aos idosos. Além disso, pequenas e microempresas no setor de serviços devem receber mais apoio financeiro, principalmente dos bancos.
No segmento de alimentos, o governo visa promover mais festivais culinários e impulsionar a gastronomia de rua, que é muito popular entre os chineses. Também há a promessa de incentivar grandes empresas estrangeiras a estabelecerem suas primeiras operações na China, aumentando a competição no mercado.
O documento também destaca a importância de melhorar a qualidade da moradia e reformar habitações não utilizadas em áreas rurais para abrir espaço para mais albergues e pensões. Outras medidas incluem um apoio financeiro maior ao turismo esportivo, cruzeiros e campings, setores ainda pouco explorados no país.
Embora a China projete um crescimento de aproximadamente 5% no PIB para este ano, no segundo trimestre o país cresceu apenas 4,7% em termos anuais. Espera-se que essas medidas de estímulo ao consumo ajudem a impulsionar o crescimento econômico nos próximos meses, beneficiando tanto os cidadãos quanto as empresas do país.